NASA seleciona Falcon Heavy para lançar missão Dragonfly

O veículo de lançamento da SpaceX recebeu mais um contrato para uma missão interplanetária, reforçando seu status de “workhorse” dos EUA no setor.

A NASA anunciou ontem (25 de novembro) que selecionou o foguete Falcon Heavy, da SpaceX, como veículo lançador para a missão Dragonfly, que usará um quadricóptero para investigar a atmosfera e superfície de Titã, a maior lua de Saturno.

O contrato estabelecido tem o preço fixo de US$ 256,6 milhões de dólares, o que inclui o lançamento e outros custos envolvidos na missão. A janela de lançamento prevista para a decolagem vai de 5 a 25 de julho de 2028. O Falcon Heavy deve decolar do Complexo de Lançamentos 39A, no Kennedy Space Center.

Ilustração dos procedimentos de pouso, operação na superfície e decolagem da sonda Dragonfly. (Créditos da Imagem: Johns Hopkins APL)

A missão é ambiciosa. A ideia é levar um quadricóptero movido com a energia gerada por um gerador termoelétrico de radioisótopos para investigar diferentes pontos da superfície. A NASA já demonstrou a viabilidade desse tipo de tecnologia com o recente Ingenuity, o pequeno drone que acompanhou o rover Perseverance em Marte por um bom tempo e realizou um total de 72 voos. Titã, felizmente, tem uma atmosfera bem mais densa que Marte. A pressão na superfície é de cerca de 1,5 atm, enquanto a aceleração da gravidade é de apenas cerca de 1,36 m/s2, uma combinação bem mais favorável para operação de uma aeronave do tipo.

A sonda Dragonfly é bem grande. O quadricóptero terá um tamanho próximo ao de um carro. Os instrumentos que fazem parte da carga científica da sonda ajudarão a caracterizar a habitabilidade do ambiente de Titã, buscando por indícios químicos da existência passada de vida baseada em hidrocarbonetos.

Se a decolagem ocorrer mesmo em julho de 2028, o pouso em Titã deverá acontecer em 2034, após cerca de 6 anos de viagem.

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